Hoje eu voltei à ativa no jornalismo, dessa vez, na assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Deixei Laura com a cuidadora – uma senhora de confiança, que conheço há uns 10 anos, tia do meu cunhado – e fui trabalhar com o coração cheio de esperança de que tudo desse certo pra mim e pra Laura.
Coincidência ou não, minha primeira pauta foi numa creche, onde ficam filhos dos servidores do TJ. Fiquei admirando a alegria daquelas crianças e pensando na minha bebê.

Ela chorou, comeu pouco, mas depois se distraiu na brincadeira com uma amiguinha, que também fica na casa da cuidadora. Eu também acabei me concentrando no trabalho.
À noite, ela foi com o papai me buscar no trabalho e me recebeu com um sorrisão dentuço e sugou quase todo o leite, que já estava quase explodindo no meu peito. Gostaria de arrumar um jeito dela ir lá no meu horário de almoço para mamar no peito.
Mas posso dizer que foi um dia feliz. Voltei a fazer o que gosto, sentir aquele friozinho na barriga de novo trabalho e recebi de recompensa todo amor dessa lindeza que se chama Laura.

Não foi fácil. Foi dureza me arrumar, arrumar a bebê, preparar a comidinha, dar atenção as peraltices dela, enquanto me vestia de preto (sobriedade pelo trabalho e pelo luto de 5 anos sem meu irmão Lilo), esperar Uber pra deixá-la na cuidadora, me despedir e partir pro trabalho.
Mas enfrentamos o primeiro dia e vi que somos capazes de nos adaptar, de aguentar a saudade um dia inteiro e depois matá-la com muita brincadeira, risada e colo, ao chegar em casa.
Um dia de cada vez, a vida vai tomando novos rumos. Só quero que nessa jornada eu possa sempre contar com o amor da minha família.